sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Um prato que se serve frio

Nunca fui muito à bola com o R. e sei que também não estou na sua lista de preferências.
Por vivermos a competir na empresa para ver quem fica com os melhores projectos, somos incapazes de apreciar a companhia do outro. 
Noutro contexto, possivelmente, olharia para ele de outra forma. É um gajo agradável à vista. Dele emana uma aura de tranquilidade, própria de quem está de bem com a vida. E tem um sorriso maravilhoso. 

A segundas feiras são um dia difícil para mim. Mas, chegar ao trabalho e ser anunciado que durante os próximos meses terei de trabalhar em parceria com o R. foi o suficiente para me estragar toda a semana. 
"Vai ser a oportunidade perfeita para aprenderes alguma coisa de valor com quem sabe", disse ele com aquele sorriso de dentes perfeitos na minha cara amarrada. E o chefe acenou positivamente!
Toda eu fervi... Senti apoderar-se de mim uma gana de lhe partir o nariz. 

Com todo o afinco, a trabalhar lado a lado com ele, empenhada em não o deixar passar-me a perna, nem dei conta dos dias passarem. Até que hoje (ontem, 5ªfeira) ele me diz: 
- E que tal levar-te a jantar? Temos trabalhado imenso!
Pressenti um plano ganhar forma dentro de mim e assenti animada:
- OK, acho que aguento um jantar contigo. 

Sai do trabalho e resolvi passar no shopping, directamente na Etam. "Hmm... não há tempo para algo mais arrojado, vou ter de arranjar alguma coisa aqui", pensei. 
Vagueei um pouco pela loja, só que nada me chamou a atenção; foi quando vi, mesmo junto ao provador, um babydoll vermelho que me gritava para o levar. "Perfeito!" Experimentei-o, paguei e sai, alegremente, da loja. ¨

Dando graças pela noite fresca em pleno Verão, fui ao armário buscar uma espécie de vestido de malha / casaco de trespasse preto ao nível do joelho e com ele cobri a lingerie recém comprada, bem como quase todo o meu corpo dos joelhos até ao pescoço. Escolhi um discreto sapato de salto alto também preto e sem mais qualquer maquilhagem no rosto pus um pouco de baton vermelho-cereja. O cabelo preso num rabo de cavalo "desleixado" e rumei ao ponto de encontro decidida a dar uma lição àquele convencido. 

O restaurante era pequeno e acolhedor. Quando cheguei, ele levantou-se num floreado cavalheiresco. 
- Bem... não pensei que te fosses embonecar toda para jantar comigo. 
- A sério que achas que estou embonecada - desvalorizei, olhando por mim abaixo - nem maquilhagem pus. 
- Sim, eu reparei. Gosto mais assim. Ao natural - ele queria me afectar. 

Tínhamos já terminado a refeição quando, durante o café, descalcei o sapato e lhe rocei com a ponta do pé entre as pernas. Foi com espanto que senti aquela pedra no pé. Surpresa que não lhe passou despercebida. 
- Pois. É assim que estou desde que chegaste.
Recompondo-me imediatamente, respondi: 
- Posso tratar disso.

Saímos do restaurante apressados e, já no carro dele, comecei a passar a mão sobre as calças esticadas ao limite pela pressão da erecção dele. 
- Não faças isso ou não respondo por mim - deu-me aquele sorriso incrível de novo. 
- Ali à frente há um estacionamento que deve estar deserto a esta hora. 
- Oh A., A. Eu não te vou pôr as mãos num parque de estacionamento. A minha casa é a 2min daqui. 

Não era bem o que estava à espera mas ia ter de servir. 

Ele entrou na garagem, estacionou o carro e veio abrir-me a porta. Conduziu-me até ao interior da casa apagada, com uma mão abusadora pousada no meu rabo. 
Mal tinha passado a porta quando me virei e comecei a beijá-lo. Puxei-o para mim e fui inalando o seu perfume. Ele tirou o casaco e eu arranquei-lhe a camisa do corpo... E que corpo! 
Passei-lhe as mãos pelo peito nu e ele puxou-me pelas nádegas, cedi perante aquela investida e rodeei-lhe as ancas com as pernas. Beijava-me brutalmente e imaginei a minha pele toda vermelha pelos lábios, dentes e barba daquele selvagem. Estranhamente, não me importei.
Voltei a pousar os pés no chão e fui beijando peito dele. Desapertei-lhe as calças e enfiei a mão ainda por dentro dos boxers à procura do seu membro. 
Senti-o duro e enorme. E começou a crescer-me água na boca. 
Empurrei-o até ao sofá e fi-lo cair sobre o mesmo. 
Arranquei-lhe as calças e os boxers de uma só vez e cai de boca naquele pau delicioso. 
Completamente morta de fome, meti-o todo na boca e ouvi um gemido vindo do fundo da garganta do R. Olhei-o nos olhos e vi-lhe tesão. 
- Assim não me aguento, miúda!
Tirei-o da boca e comecei a beijar toda a extensão, desde os tomates até à cabeça que voltei a colocar na boca e suguei com toda a força. Ele revirou os olhos e eu continuei a fazê-lo entrar e sair da minha boca. 
Levantei-me e desapertei o laço do vestido, com um gesto de ombros atirei-o para o chão. 

- Nunca imaginaria tanta cor sob um vestido tão casto - brincou ele. - Anda! Quero esse grito vermelho nos meus lençóis. 
Arrastou-me por um braço e fui deixando os sapatos pelo caminho. 
Frente a frente, de joelhos sobre a cama, começou a tirar-me a roupa interior. Descobriu os meus mamilos rijos e abocanhou-os docemente, cada um na sua vez, merecendo a devida atenção. Sugou-me, lambeu-me e afagou-me os seios. 
Como uma gata no cio, virei-lhe as costas e empinei o rabo debruçando-me sobre a cama. Senti-o arfar com aquele convite implícito e as mãos percorram-me as costas. Tocava-me o rabo com meiguice e procurava-me o sexo com a outra mão; quando o tocou ainda resguardado pela cuequinha senti um sorriso formar-se no meu pescoço por entre dois ou três beijos. 
- Olá... - murmurou com uma fala arrastada. - Também estás feliz por me ver. Vou-te apresentar o meu amigo. 
Largou-me e foi até à cómoda, tirou um preservativo e fiquei a observá-lo enquanto o desenrolava a todo o comprimento do seu mastro que parecia aumentar de cada vez que o olhava. 
Toda eu gritava, intimamente, para o sentir dentro de mim. Um misto de raiva e luxuria. Aquele tipo enerva-me à séria mas desde que tinha pensado em fodê-lo também me deixava completamente fora de mim. 
- Dá-mo! - Exigi. - Preciso de te ter. 
E ele obedeceu. 
Agarrando os meus cabelos sem me magoar, ajeitou-se entre as minhas pernas e senti-o tactear a minha entrada. De um só movimento, toda eu me abri para receber aquele pedaço de inferno. Mas ele tocou um ponto especialmente sensível dentro de mim, senti o meu corpo arrepiar-se todo e chegar em ondas um prazer absurdo. 
- Um? 
Não lhe respondi e ele continuou as investidas. Ao mesmo tempo que se rebolava entrando e saindo de mim, massajava-me suavemente o clitóris. Quando menos esperava, senti o dedo dele pressionar-me o ânus. Em círculos, foi afagando aquela zona sensível e eu sentia uma nova explosão começar a ferver-me no sangue. Os meus ouvidos latejavam... eu estremecia... senti o dedo dele entrar em mim e ele sussurrar-me ao ouvido "toca-te". Masturbei-me sem pressas, tentando controlar aquele novo intenso prazer que se aproximava, mas não consegui. Preenchida completamente, desfiz-me de novo, desta vez muito mais intensamente.
- Dois... (Senti um sorriso de presunção?)

Aproveitei o momento em que o senti sair de mim para tomar de novo as rédeas da situação. Virei-me de frente para ele e atirei-o contra o colchão. 
Beijei-o nos lábios e montei-o. Com a mão, guiei-o para dentro de mim; e quando o senti apontar ao meu buraco recém fodido, deixei-o entrar novamente. 
Fiquei por alguns segundos assim. Olhos fechados, só a sentir o corpo dele encaixado no meu, a pressionar-me até ao impossível. 
Então, comecei a cavalga-lo. Toda eu dona da situação. 
Sentia-o entrar e sair de dentro de mim ao meu ritmo, a procurar que ele me tocasse nos pontos que eu saberia me dariam prazer. Ele fincou os pés na cama e preparava-se para me agarrar as nádegas mas não lhe permiti. Antes aumentei o meu próprio ritmo e sentia-o endoidecer. O suor pingava de mim nele e dele para a cama. O cheiro era inebriante e estava completamente exposta. Um delírio a dois. O corpo dele enrijeceu. Os lábios cerraram-se numa linha fina. E os olhos estreitaram-se. Tentou novamente agarrar-me e eu voltei a domina-lo. 
Apertei-me contra o corpo dele e logo senti a adrenalina de um novo clímax a tocar-me todo o corpo.~
Palpitei, estremeci e não controlei o grito que me saiu desvairado. 
Deixei-me cair naquela espiral de prazer que os nossos corpos juntos me proporcionavam. Por um instante, vacilei, ao vê-lo louco. Mas sai de cima dele. Olhei ao meu redor e procurei a roupa interior. Ele olhava-me confuso. 

- Três - disse eu, levantando a mão e mostrando-lhe o mesmo número de dedos. 
- Hey... onde vais? Vais deixar-me assim? A.? - apontou para membro faminto e erecto. 
- Acaba tu, se quiseres. Achei só que devias aprender algo de valor com quem sabe. 

Triunfante, virei costas e sai do quarto, apanhando as peças caídas pelo caminho. 

11 comentários:

  1. Simplesmente fantástico...

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  2. Bem...mas que final surpreendente...lol
    És uma mulher de armas...

    Beijos com Prazer

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    1. Não sou, mas hei de lá chegar. Obrigada pela tua visita e por me leres...
      Beijo (com ainda mais prazer)

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    2. Estas num ótimo caminho,mas.....
      Depois desse desafio,iria possuir-te ainda com mais tesao...

      Beijos com Prazer

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  3. Simplesmente fora da lei. Se todas as mulheres fossem assim, os homens não eram tão idiotas.

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    1. Então, achas que todas deviamos andar armadas em justiceiras a castigar os idiotas dos gajos?
      Beijo fora da lei (amei!)

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  4. Bem, o homem deve ter ficado cá com uma cabeça...
    Que bela terminação :)

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  5. Sim Sra :) Eu não o faria por menos , força nisso.

    Bj Completo

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